Reconhecimento histórico para Paul Tergat
Na manhã de segunda-feira, o atleta queniano Paul Tergat desembarcou em São Paulo para receber a primeira vaga no recém‑criado Hall da Fama da São Silvestre. O evento, organizado pela Fundação Cásper Líbero, contou com a presença de jornalistas, ex‑atletas e personalidades do esporte que celebraram a trajetória do corredor e a proximidade da centenária da corrida.
Tergat, que conquistou a prova em 1995, 1996, 1998, 1999 e 2000, ainda detém o recorde da maior pontuação masculina, perdendo apenas para a portuguesa Rosa Mota, com seis vitórias. Ao receber o troféu, ele agradeceu ao Brasil pela hospitalidade, chamando São Paulo de "minha cidade" e o país de "minha segunda casa". A emoção foi compartilhada por colegas como Fabiana Murer, campeã mundial de salto com vara, e Adriana Silva, atleta olímpica.
- 1995 – vitória e recorde de 43:12
- 1996 – segunda vitória consecutiva
- 1998 – terceiro título
- 1999 – quarto título
- 2000 – quinto título, consolidando a hegemonia
O recorde de Tergat ficou em 43 minutos e 12 segundos por 24 anos, até ser superado em 2019 por seu compatriota Kibiwott Kandie, que cruzou a linha em 42:59. Apesar da nova marca, Tergat mantém o título de atleta mais bem‑sucedido da história da corrida, juntamente com a presença constante em eventos de elite ao redor do mundo.

A centenária que vem aí
Com a homenagem concluída, os organizadores voltaram o olhar para a edição 100 da corrida, marcada para 31 de dezembro de 2025. Erick Castelhero, diretor executivo da São Silvestre International Race, disse que a presença de Tergat reforça a grandiosidade da prova, que já conta com mais de 50 anos de tradição. Já Marcos Yano, CEO da Vega Sports, ressaltou que a corrida transcende o esporte: é um momento cultural, popular e simbólico que marca o fim do ano com superação pessoal.
Os preparativos já incluem ampliação de segurança, postos de hidratação extras e um percurso revisado para acomodar cerca de 50 mil participantes, número que pode bater recorde histórico. A expectativa é que corredores amadores e profissionais de todo o Brasil e do exterior se alinhem nas ruas da capital paulista, em um desfile que combina música, arte de rua e celebração da diversidade.
Jhonatas Cruz, que terminou como o melhor brasileiro nas duas edições anteriores, esteve presente para apoiar Tergat e destacar a importância da presença de atletas internacionais como inspiração para a nova geração. A cerimônia terminou com um tradicional desfile de corredores, simbolizando a união de diferentes gerações que, a cada 31 de dezembro, encontram na São Silvestre um motivo a mais para correr rumo ao novo ano.