Leila Pereira coloca fogo na rivalidade após eliminação
A última eliminação do Palmeiras na Copa do Brasil frente ao Corinthians ganhou um novo capítulo fora dos campos. Leila Pereira, presidente do Verdão, não deixou barato ao comentar o resultado. Na saída do Allianz Parque, soltou uma frase que funcionou como estopim: "Somos eliminados por clubes que não pagam ninguém." Não demorou para a fala ser associada diretamente ao Corinthians, tradicional rival e alvo recorrente de críticas ligadas a dificuldades financeiras.
A declaração deixou claro que a rivalidade entre Palmeiras e Corinthians vai além do gramado. Enquanto o time do Parque São Jorge nega problemas recentes para pagar salários, a sombra de crises antigas e atrasos em outros clubes brasileiros permanece presente. O que Leila escancarou, porém, não foi só uma provocação. Seu comentário trouxe à tona o debate sobre a sustentabilidade financeira no futebol nacional, onde nem sempre quem gasta mais paga em dia, e a conta costuma chegar para jogadores e funcionários.

Tensões, bastidores e histórico de polêmicas
Não é de hoje que o clima esquenta entre os clubes. Em 2018, o Palmeiras acusou a Federação Paulista de suposta interferência externa a favor do Corinthians em final do Paulistão. O STJD depois inocentou o rival, mas o episódio se transformou em um símbolo das desconfianças e teorias de bastidores que rondam o futebol paulista. Agora, com Leila Pereira usando uma frase que aponta não só para o resultado em campo, mas para questões estruturais dos clubes, o confronto ganhou uma camada extra de provocação.
O momento turbulento do Palmeiras dentro de casa também pesou nas palavras da presidente. Recentemente, após um empate insosso contra o Fluminense, Leila invadiu o vestiário e cobrou jogadores e o diretor Anderson Barros. A pressão da torcida para demitir Barros cresceu, mas ela sustentou publicamente a permanência dele, fechando questão contra quem pede mudanças drásticas na diretoria de futebol. Segundo Leila, falta de comprometimento não será aceita — nem pelos atletas, nem pelos dirigentes.
Esse posicionamento, registrado também em veículos especializados, expõe como a crise do Verdão tem mais faces do que apenas a derrota no clássico. Para quem acompanha futebol de perto, não soa novidade: os bastidores dos clubes costumam ser palco de disputas de poder, interesses divergentes e decisões polêmicas. O antecessor de Leila, Mauro Marcelo, já havia mergulhado nessas águas em 2018 ao tentar impedir a escalação do zagueiro Breno pelo Vasco em uma outra polêmica judicial sobre inscrição de atletas.
Com todo esse pano de fundo, o silêncio do Corinthians sobre a cutucada de Leila chama atenção. A expectativa é de que, mais cedo ou mais tarde, alguém do time alvinegro se manifeste — afinal, a rivalidade constrói parte do espetáculo, entre provocações dentro e fora de campo.
Esse novo episódio não só reacende disputas históricas, como o polêmico confronto do Paulistão 2011, quando uma arbitragem duvidosa tirou chances do Palmeiras. Mexer nesse caldeirão de ressentimentos e cobranças é combustível certo para debates acalorados nas redes sociais e nos bastidores esportivos. E, claro, também coloca em discussão algo bem real: a urgência de times se organizarem para garantir salários em dia, evitar transferências proibidas e, assim, dar exemplo dentro e fora das quatro linhas.